quase morte, Boa Sorte.

Viver é fácil, é raro, é breve... É como se perder.
Não se sabe muito bem o que é estar vivo até que se esteja morto ou perto de um morto... Nessa hora o  morto torna-se a sua possibilidade de morrer. Ele é maior que o mundo todo. É maior que todo o resto.

Um morto, sem nome, estirado na frente da caixa econômica, durante mais de 1h, sem isolamento. Tinha nome, tinha família, tinha amigos, talvez filhos... Talvez nada disso. Trabalhador ou criminoso ele me importa, passou a me importar, vale o meu estado de choque, o meu estado de sitio e o meu estado de lagrimas... Vale quase tudo... De fato a vida não se parece com o CSI...

O que realmente importa? 
O que se vive? 
O que se tem? 
A sua fome? 
A sua sede? 
Suas palavras não ditas? 
Seus convites recusados?

Morreu-se...

E todos prometeram a partir dai viver de outro modo, pensar diferente e ir além? 

Nós que temos famílias e planos, não usamos drogas, e que nos consideramos tão distantes de crimes passionais marcamos essa data, 21/10/10, em memória de todos os sem- nome, hora vivos, hora mortos do mundo todo.



AnaF.

1 Response to "quase morte, Boa Sorte."

MileTaniele disse...

E de todo coração, mesmo ainda NÃO RECUPERADA pela cena vivida... agradeço a Deus por estar viva, e por ter vocês do meu lado. Amo vocês, parte que dá cor aos meus dias e enche minha garrafinha do humor.

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